19.3.12

Máquina do tempo - Elisabeth Santos


'' Considerada entre os colegas como a referência da moda tradicional em Angola, Elisabeth Santos destaca-se pelos trajes afro-ocidentais que confecciona. Elisabeth Santos, que conta com mais de trinta anos de moda, é tida entre a classe como a pessoa mais indicada para escrever sobre a moda tradicional em Angola. 
Descendente de linhagem de costureiros onde a mãe e a avó já praticavam a arte, aperfeiçoou a prática enquanto estudante num instituto religioso no Huambo, onde tinha aulas de corte e confecção. Na altura, a estilista já ganhava algum dinheiro com o que confeccionava para os colegas e professoras. 
Elisabeth Santos começou a confeccionar profissionalmente aos 17 anos de idade, no estilo ocidental, numa altura em que a moda patente eram os sapatos a Perci, as mini-saias com meias até aos joelhos e as hots-pants.
 Depois da Independência do país e com maior abertura no mercado, começou a pesquisar sobre o que se fazia em África, desde os tecidos tradicionais às vestimentas e aos hábitos e costumes. 
A estilista tem as suas roupas representadas no Museu de Ovar em Portugal, e é há já seis anos júri do carnaval e do concurso de beleza Miss Angola.''

Trajes de Elisabeth Santos no editorial Especial Moda da Revista Talentos 

Em Maio de 2011, a estilista veio a publico falar de estampas criadas por ela, inspiradas no sector de grande conhecimento dela Angola.

''Jominawa, Benganova e Samalela são as denominações da primeira criação de estampas nacionais para tecido, criado pela estilista angolana Elisabeth Santos. Referência da moda em Angola, a criadora distingue-se entre os demais na experimentação em criações de trajes tradicionais.
As três estampas criadas pela estilista, consequência de uma pesquisa de dezassete anos, resultaram em mais de cinquenta modelos a serem desenvolvidos em vários tipos de tecidos. Com o lançamento previsto para o próximo mês, as três estampas da criadora foram inspiradas nos nossos hábitos, usos e costumes.''


''Cláudia Santos disse...
ÁFRICA MINHA. :)
Ainda a tempos fui ver uma entrevista da minha tia Elisabeth Santos que é uma estilista angolana e ela diz que não podemos deixar a nossa cultura e que devemos continuar a optar pelos kimonos, bessanganas e etc (ou seja os nossos autenticos trajes.) 
eu sou um pouco contra a ideia dela porque não podemos querêr ter renome quando o mundo não percebe nem quer perceber a nossa visão. assim não evoluimos. temos que tentar juntar-nos às massas. Se estamos num país que falam uma lingua estranha e não entendem Português, nós falamos em inglês porque é uma lingua universal. Isto tudo para dizer que ela poderia optar por cordenados como esses. os nossos tecidos bem Africanos completamente actualizado e enquadrado nas procuras dos dias de hoje. AMO!


Elisabeth Santos na Expo 2005 (foto by Kayaya Júnior) 

Na minha opinião, Elisabeth tem feito um trabalho espectacular no que concerne a pesquisa de vestuario em angola. acho que esta pesquisa de mais de 15 anos tranbsformada em livro, será uma mais valia a todos os angolanos e outros povos interessados na nossa cultura.

Ainda não tive a oportunidade de ver as estampas criadas por ela (tenho uma vaga visão de ter visto uns tecidos novos nas lojas cá no país com padroes africanos mas infelizmente não tive curiosidade em procurar saber mais sobre eles).

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