10.6.14

Fineza Paillisser

Um dos novos rostos do mercado da maquilhagem em Angola, Fineza é uma jovem batalhadora, firme nos seus objectivos e preparada para enfrentar todos os desafios que irão surgir ao longo da sua carreira como maquilhadora.


Porquê que escolheu trabalhar no mercado da maquilhagem?

Por paixão a está arte, desde muito pequena que comecei a gostar de pinturas.

Fale-nos do início da sua carreira?
Eu sou formada em Marketing mas a arte de maquilhar sempre fez parte de mim. No início foi difícil pois achava que os meus pais nunca iriam apoiar. Certa vez, isto quando fui morar sozinha aos 18 anos, na época vivíamos todos na Europa, tive a oportunidade de maquilhar algumas amigas russas. Elas gostaram tanto do trabalho que me ofereceram como prenda de aniversário um curso de maquilhagem. Desde então, sempre que viajo, ainda que de férias, aproveito alguns dias para aprender outras técnicas. É como se fosse um vício!

O porquê do nome Metamorphose?

Metamorphose por significar transformação e a transformação deve ser completa da cabeça aos pés. Nos meus tempos de férias de verão, eu  trabalhava ou para lojas de vestuário ou em salões de beleza e estética. Então algo chamava-me muito a atenção pelo facto das pessoas procurarem diferentes profissionais uns distantes dos outros para alcançar o objectivo de ficarem bonitas. Então, dentro de mim dizia-me que quando começasse o meu negócio a transformação terá de ser total e teria que arranjar um nome que fosse de encontro com o que eu faço hoje. Daí que alguns amigos meus no Panamá começaram me a chamar-me por Metamorphose.




O que a destaca com relação as outras maquilhadoras angolanas?

A Criatividade! Há trabalhos que surgem na hora e tudo que eu faço, faço-o com amor e dedicação.

Maquilhadores profissionais devem investir bem no seu material de trabalho. No começo foi muito difícil?


Sim, é importante nesta carreira termos bons materiais. Isso as vezes depende da capacidade de cada maquilhadora. Para quem é amante pensa que ser maquilhador (a) é fácil mas é preciso aprender regras, materiais a serem utilizados e como utilizar. Mesmo no caso dos produtos que também tem idade e caducidade.

Qual é a maior dificuldade que encontrou no início da sua carreira?

Encontrar grandes eventos para poder participar com o objectivo de praticar e aprender. No princípio não foi fácil e no pais em que vivia há milhares de maquilhadores em busca da mesma oportunidade.

Como é o dia-a-dia de uma maquilhadora profissional? Tem uma rotina fixa, ou cada dia é diferente?

No meu caso, a única rotina fixa que tenho é a limpeza e hidratação da minha pele. Isto é crucial! De resto varia sempre, posso num dia começar com photoshot e no outro com um casamento.

Quais são os principais e maiores trabalhos que já fez?

Após a minha formação numa escola Superior de Maquilhagem em Paris ( Make up Atelier Paris) eles deram-nos a possibilidade de participar e/ou assistir grandes eventos, como o Paris Fashion Week onde eu não participei directamente mas deram-me a maravilhosa oportunidade de ver a preparação e  a dimensão de todo o projecto isso no ano passado. Em Angola fui a maquilhadora principal do Angola International Fashion  Show onde tive a oportunidade de maquilhar alguns estilistas internacionais e nacionais para além das modelos. Participei também no Modangola e no Summer Fashion Angola.

A indústria da maquilhagem é muito vasta. Quais as áreas que lhe dão mais prazer na hora de maquilhar e quais áreas gostaria de explorar?

Tenho sempre prazer naquilo que faço e gosto de novos desafios. Não tenho muitas preferências mas gosto muito de trabalhar em desfiles, televisão e casamentos.






 

Fale-nos de uma tendência de maquilhagem que todo o profissional deve  saber.


Deve inovar-se sempre e nunca ser limitado. A maquilhagem é uma arte e a arte não pode ser estática e nem nos devemos basear no que o fulano ou o sicrano fizeram. O meu professor na França dizia que maquilhar é como pintar um quadro, só tu tens a capacidade de saber o que fazer para atingir o objectivo que se pretende. Eu guio-me muito nas tendências das bases (foundations) batons, rimels. Sigo mais tendências de produtos.




Como vê o mercado da maquilhagem em Angola?

Bastante evoluído tenho visto muitos bons trabalhos e temos muitos bons profissionais neste ramo cá em Angola.

Como se imagina daqui a 5 anos?


Ser uma maquilhadora reconhecida internacionalmente. Até ao momento tenho trabalhado em Angola e em França, e pretendo expandir-me,  puder dar aulas ou abrir uma escola  neste mesmo ramo, criar a minha própria marca e o resto entrego a Deus, porque só ele sabe o dia de amanhã.




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