5.11.12

Homens e mulheres como consumidores de Moda





Os papéis e os interesses das mulheres e dos homens sofreram profundas alterações quebrando-se alguns dos tradicionais estereótipos que estabeleciam o consumo feminino do masculino.
A crescente importância da mulher no cenário de consumo tem-se notado em várias esferas e vem-se acentuando ao longo das últimas décadas, nomeadamente, após a sua inserção no mercado de trabalho e as mudanças ocorridas na estrutura familiar e social.

As mulheres têm um conjunto de prioridades e atitudes muito diferentes. O seu processo de decisão de compra é radicalmente diferente, e elas respondem de forma diferente aos media, mensagens, linguagem e visual utilizados pelo marketing.

Estas diferenças têm-se reflectido principalmente quando se comparam comportamentos de compra entre os dois géneros. A mulher para além de ser uma consumidora nata é uma importante influenciadora do consumo da família.

É natural que estas mudanças se tenham reflectido nos comportamentos de consumo. Os produtos continuam os mesmos, mas o consumidor sofreu mutações. Em muitos sectores, alguns fabricantes têm vindo a adaptar a sua oferta aos gostos e necessidades femininos, em aspectos como o design, as cores, a comodidade e a funcionalidade.

As mulheres mostram-se mais receptivas à compra de produtos que amparam causas humanitárias, sociais e ecológicas. Valorizam a segurança, a qualidade, a ética e a nacionalidade dos produtos.
Por outro lado, os homens mostram-se abertos as inovações tecnológicas, o que os torna os maiores utilizadores da internet, mas não nos esqueçamos que o comércio electrónico tem cada vez mais aceitação no mundo das mulheres.



CONSUMO MASCULINO

Homem e mulher rendem-se aos apelos do consumo, movidos pelos mesmos desejos. Aparência e bem-estar, por exemplo, têm levado os especialistas a criar produtos e linhas de produtos de tratamento masculinos, à imagem do que há anos se vem desenvolvendo para o mercado feminino. O mercado da cosmética para o universo masculino é considerado ‘’emergente’’, mas ao mesmo tempo tem-se assistido a uma procura considerável e o crescimento deste nicho de mercado tem sido gradual. Há cada vez maior tomada de consciência da importância do tratamento, preferindo os homens, produtos especialmente desenvolvidos para si.

Temos de um lado as mulheres cada vez mais auto-suficientes e do outro, uma tentativa do homem de cuidar de si, no sentido de garantir uma maior qualidade de vida, adaptando comportamentos afeminados. Tendo surgido, inclusive, uma nova tendência, movimento ou evolução designada por metrossexualidade.
Muitos consideram um defeito, outros um comportamento afeminado e ainda um comportamento homossexual, no entanto, o que resulta é uma aparência mais atraente, o que os torna mais desejáveis para o sexo oposto, tal como acontece no inverso - quanto mais as mulheres se cuidam, mais atraentes e desejáveis se tornam.

MULHER E O CONSUMO

Solteiras, emancipadas, independentes, com poder económico e forte influência social, as mulheres formam um novo grupo alvo potentíssimo, um novo universo feminino. Diferentes em estilos de vida e em idades, estas mulheres auto-suficientes são sedentas por informação e procuram saber tudo sobre um produto antes de decidirem a compra o que as torna leais às marcas em que confiam; são muito influenciadas também pelo conselho de pessoas em que confiam.

Hoje as mulheres angolanas recorrem à internet ou a catálogos como uma ajuda na gestão do seu tempo para as actividades relacionadas com compras. Actualmente a internet encaixa-se no estilo de vida das angolanas, é fácil, conveniente, poupa tempo, resolve problemas e permite comunicação. As compras online hoje em Angola tornaram-se negócio.

O novo modelo feminino mostra uma mulher com uma necessidade muito grande de se satisfazer a si mesma, o que significa que as mulheres adoptam um comportamento mais vaidoso e egocêntrico, traduzido no consumo para si próprias, baseadas naquilo que está disponível no mercado exclusivamente para as mulheres. É o mesmo que dizer que ‘’(…) se continua a convidar os homens a brincar com carrinhos e as mulheres a servirem de bonecas consigo próprias.’’

Assiste-se portanto, à mulher emancipada e independente que continua a dedicar-se muito à sua imagem e a vivê-la também.

O homem moderno é igualmente convidado a comprazer-se, pela publicidade. O que leva a crer que o grande apelo quer para homens, quer para mulheres é sem dúvida a satisfação do ego, traduzindo num consumo homogéneo por mulheres e por homens relativamente a cuidados de beleza. 

Não são só as mulheres que se cuidam, a sociedade e o investimento no mercado masculino exige que os homens também o façam.

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